A Jirau Energia anunciou o começo da operação das novas barreiras flutuantes na área da hidrelétrica. Também conhecidas no setor como Log Booms, essas estruturas atravessam parcialmente o rio para prevenir que detritos e vegetação não alcancem as turbinas e comprometa a geração de energia, sobretudo no Rio Madeira, caracterizado pelo grande volume de materiais lenhosos, macrófitas e sedimentos transportados ao longo do ano.
Estruturas flutuantes minimizam custos com manutenção e perdas de energia pelas turbinas (Jirau Energia)
De acordo com a companhia, após sete anos de operação do Log Boom original, fez-se necessária a substituição em função do final de vida útil. Baseado nas experiências operativas, no conhecimento das dinâmicas do rio, da expertise dos parceiros nas engenharias naval, oceânica, civil, mecânica e geologia, foi desenvolvido um projeto alternativo caracterizado por utilizar face plana em detrimento aos sistemas tradicionais gradeados, correntes e grandes poitas de ancoragem. Esta linha de proteção retém e desvia os materiais transportados com o próprio fluxo do rio evitando a redução da capacidade de geração das unidades geradoras.
A iniciativa teve como parceiras empresas de engenharia especializadas em diversas áreas. Entre os desafios, Jirau cita a definição da concepção do projeto diante da complexidade das variáveis para levantamento dos esforços e reprodução das condições hidrodinâmicas, implementando em uma única janela de estiagem de seis meses o lançamento de 38 estruturas para ancoragem de 200 toneladas no leito do rio, além da instalação dos 50 flutuadores de 47 toneladas que formam a linha de 800 metros de extensão da nova estrutura.